
O que é grafeno e porque ele é tão importante assim pra ganhar um Nobel?
Nessa semana, dois professores ganharam o Prêmio Nobel de Física por experimentos relacionados ao grafeno.
Andre Geim e Konstantin Novoselov receberam o prêmio Nobel de 2010 por experimentos inovadores com o grafeno, um novo material, mais forte que o diamante, condutor de calor e em determinadas condições, superflexível. Geim é também o único ganhador de Nobel de Física que também possui um IgNobel, em 2000, prêmio concedido as descobertas mais bizarras da ciência, por usar campos magnéticos para levitar um sapo.
O grafeno, é simplesmente, átomos de carbono organizados em hexágonos ligados. Isso não teria nada de especial a não ser pelo fato de que tudo na natureza é tridimensional, pelo menos era o que pensavam. O trabalho de Geim e Novoselov expande o entendimento sobre materiais que têm uma dimensão a menos, pois só têm um átomo de grossura.
Como material, o grafeno é completamente novo, o mais fino, o mais resistente, como condutor de eletricidade, tão bom quanto o cobre, como condutor de calor, melhor que qualquer material, pratiamente transparente, mas tão denso que nem o menor dos átomos, o hélio, pode ultrapassá-lo.
O grafeno pode ter múltiplas aplicações: o transístor mais rápido já produzido foi construído com base no grafeno, o desenvolvimento de sensores para quantidades muito pequenas de moléculas no ar ou detectores de radiação e metais, além de aplicações em bioquímica e medicina, por permitir um novo método de sequenciação do DNA.
A criação de novos componentes eletrônicos, que seriam mais rápidos do que os atuais de sílicio, viabilizando o desenvolvimento de computadores ainda mais eficientes.
Sendo quase transparente e ótimo condutor, o grafeno é adequado para painéis de luz, células de captação de energia solar e telas touch-screen.
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