terça-feira, 16 de novembro de 2010

O GRAFENO E A SUSTENTABILIDADE.

Hoje os cientistas russos Andre Geim e Konstantin Novoselov foram premiados com o maior premio da área desde 1901, o Nobel de Física 2010. Em 2004 eles descobriram um material que assim como o silício, promete revolucionar a tecnologia moderna. Não, não é um substituto para o café.

O silício, o material com que são feitos os atuais transistores, oxida, se degrada e se torna instável quando é reduzido a dimensões 10 vezes maiores. O anseio da industria por materiais que permitam a miniaturização nanotecnológica dos componentes computacionais motivou o estudo do grafeno. O grafeno é uma estrutura plana composta unicamente por átomos de carbono. A melhor analogia para explicar sua aparência é a tradicional tela de galinheiro, onde cada “nó” da tela é um átomo de carbono. Ele já está sendo utilizado na interação com computadores quânticos, nas mais modernas técnicas de extração de DNA e até nas populares telas sensíveis ao toque. O mundo tem observado o rápido ganho proporcionado por esse material, hoje os cientistas percebem que o que havia de errado não estava na teoria e sim no material adequado. Alias um dos Doodles Google recentes homenageou a descoberta da Buckyball material com características parecidas e muito importante na área bio-médica, e que nada mais é que uma bola de grafeno.

Mas o que o grafeno tem a ver com a sustentabilidade?

A resposta varia de acordo com a sua interpretação de mundo. Por exemplo: se você levar em consideração que componentes menores fazem mais com menos material e energia, você chegará a conclusão de que ele será uma peça chave para o desenvolvimento dos novos componentes eletrônicos. Alem do mais trata-se de um material biodegradável. Esta é uma tendência das pesquisas cientificas em nosso seculo, ano passado o premiado (junto com os inventores do CCD) foi o inventor da fibra óptica, (também biodegradável, menos custosa de energia e mais eficiente). Tamanha miniaturização e eficiência nos leva a constatar que os portáteis e toda a cultura atrelada aos dispositivos móveis estão cada vez mais presentes e que sua evolução ganha novos motores a cada dia, tornam-se cada vez mais, uma boa aposta profissional.

No entanto devemos ressaltar que toda corrida tecnológica leva a substituição das tecnologias ultrapassadas, mas para onde vão os componentes atuais? Normalmente quando não podem ser reaproveitados por iniciativas como o AID (puxando a brasa à sardinha do projeto da unipê, vão parar nos lixões, onde vão se degradar e espalhar metais pesados desproporcionalmente ao que o ambiente é capaz de absorver.

Seria uma boa justiça dar o próximo nobel de física a quem inventar o reciclador ideal para estes materiais.

Mais informações em : inovação tecnológica

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